Comitê Intersetorial apresenta balanço e levanta alerta para epidemia em Toledo – Gazeta de Toledo

Foto: Eduardo Rian

O Centro Municipal de Controle de Endemias recebeu, na tarde desta terça-feira (9), a terceira reunião do Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de Toledo. Na ocasião, os agentes de combate às endemias (ACEs) e representantes dos órgãos públicos e empresas que compõem o grupo de trabalho acompanharam o balanço trimestral de atividades e discutiram formas de prevenir uma nova epidemia da doença entre o final deste ano e início de 2023

Há motivos para preocupação: desde o início do atual ano epidemiológico, em 1º de agosto, quatro casos de dengue foram confirmados. Uma situação atípica, pois em outros anos, nessa mesma época, o aparecimento da doença não costumava ser registrado. Dois desses episódios ocorreram em agosto (Vila Nova e Bressan) e dois em setembro (São Francisco e Boa Esperança). “Reuniões como esta, com protagonistas na luta contra Templos dos egípciossão fundamentais, pois tudo indica que os próximos meses serão de muito trabalho para todos nós, ainda mais com esse volume de chuva que está caindo em nossa região”, alerta a secretária de Saúde, Gabriela Kucharski.

A coordenadora do Controle e Combate às Endemias, Lilian Konig, apresentou um balanço das atividades realizadas pelo setor nos dois primeiros trimestres de 2022. Entre janeiro e agosto deste ano, a equipe de Controle e Combate às Endemias realizou 173.113 vistorias domiciliares, das quais em 107.764 ACEs foram atendidos na primeira tentativa e em 65.349 não havia ninguém no imóvel – desse total, 3.128 foram “recuperados”, ou seja, os moradores entraram em contato com o número que constava na notificação que foi deixado pelos agentes e uma nova visita foi feita.

Lilian também falou sobre os três Levantamentos Rápidos de Infestação do Aedes aegypti (LirAa) realizados em 2022 (o quarto e último será no início de novembro), as ações em parceria com unidades de saúde nos bairros e distritos e outras secretarias, como a Secretaria de Educação , por meio de palestras e apresentações teatrais em escolas, e Meio Ambiente, com quem já trabalhou na distribuição de sacolas de ráfia em propriedades atendidas pela coleta seletiva. Ações específicas também foram mencionadas, como as realizadas em domicílios onde vivem pessoas com transtorno de acumulação compulsiva (risco à saúde pública que é mitigado com a participação de profissionais de diversos setores) e pontos de reciclagem itinerantes em bairros com maior incidência de notificações de dengue . . “Esse trabalho em várias frentes visa dar mais visibilidade ao trabalho dos ACEs, que nem sempre é devidamente reconhecido por algumas pessoas. Estamos em contato com a população todos os dias e nossos agentes têm muito a contribuir para a implementação de políticas públicas nessa área”, destaca o coordenador.

Nesse contexto, a Secretaria de Saúde deu uma ótima notícia: o trabalho “O agente de combate às endemias como protagonista das ações de mobilização e orientação da comunidade” foi selecionado e representará Toledo no 36º Congresso das Secretarias Municipais de Saúde do Paraná que será realizado em Foz do Iguaçu entre os dias 18 e 20 deste mês – o único na área de endemias entre os municípios limitados à 20ª Regional de Saúde (RS). “Uma das principais missões dos ACEs é estreitar os laços com a comunidade, principalmente com crianças e adolescentes. É um trabalho de longo prazo que, feito agora, só florescerá em 15 ou 20 anos. No entanto, a partir de agora, devemos deixar bem claro que o combate à dengue é responsabilidade de todos”, destaca Gabriela.

monitoramento

O enfermeiro da Vigilância Epidemiológica da 20ª RS, Fábio Molina, observa que o órgão está monitorando constantemente a situação da dengue e outras arboviroses nos municípios da área de abrangência da Regional. “Estamos em uma região endêmica e o vírus que causa a dengue já está em circulação. A gravidade da situação que teremos daqui para frente dependerá de uma série de fatores, como a qualidade do planejamento das ações por meio de um plano de contingência de acordo com a realidade socioeconômica e cultural do município, que precisa saber lidar com as diversidades que virão. , evitando, se possível, um crescimento vertiginoso de casos”, enfatiza o técnico, que alertou que o Paraná já registrou dois óbitos no atual ano epidemiológico, um em Curitiba e outro em Maripá, município atendido pela 20ª RS.

Ao final da reunião, a palavra foi aberta aos presentes para dar sugestões de como promover melhorias neste plano de contingência. A diretora de Vigilância Sanitária, Juliana Beaux Konno, aproveitou para falar sobre o esforço que vem sendo feito para aumentar o número de servidores efetivos na equipe de ACEs. “Aqueles contratados via PSS [processo seletivo simplicado] nos ajudam muito, mas é importante que o agente tenha a perspectiva de ficar mais tempo na equipe para consolidar o aprendizado obtido por ele. Por isso, já convocamos todos os aprovados no concurso e já solicitamos um novo”, conta.

Fonte: Decom/pref. de Toledo

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