confira as sete perguntas mais frequentes

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A queda na cobertura vacinal coloca o Brasil, que já é exemplo mundial de imunização infantil, em um dos piores níveis dos últimos 30 anos. Passamos de uma média de 97% de cobertura vacinal para 75% em 2020, conforme mostram os dados da Ministério da Saúde. Os números mais preocupantes concentram-se nas taxas de vacinação contra poliomieliteconsiderado erradicado Brasil, e tuberculose, doença controlada desde a década de 1960 no país. A cobertura vacinal contra a poliomielite e BCG foi de 70% em 2021, bem abaixo das taxas de 90% e 95% recomendadas pelo Organização Mundial da Saúde (OMS) para ambas as doenças.

Essa situação reacende o alerta para o retorno de doenças já erradicadas. A falta de circulação dessas doenças, graças à vacinação, aliada à crescente onda de desinformação, levanta dúvidas em pais, mães e responsáveis ​​sobre a importância das imunizações. Para esclarecer essas questões, o Estadão separou sete tópicos essenciais sobre o tema.

Segundo o Ministério da Saúde, existem pelo menos 18 vacinas para crianças de até 10 anos, conforme prevê o Plano Nacional de Imunizações (PNI)
Segundo o Ministério da Saúde, existem pelo menos 18 vacinas para crianças de até 10 anos, conforme prevê o Plano Nacional de Imunizações (PNI) Foto: Daniel Teixeira/Estadão

1. De que vacinas meu filho precisa?

De acordo com o Ministério da Saúde, existem pelo menos 18 vacinas para crianças de até 10 anos, conforme prevê a Plano Nacional de Imunizações (PNI):

  • BCG
  • Hepatite B
  • Pólio 1,2,3 (VIP – inativado)
  • Pólio 1 e 3 (VOP – atenuado)
  • Rotavírus Humano G1P1 (HRV)
  • DTP+Hib+HB (Penta)
  • Pneumocócica 10 valente (Pncc 10)
  • Meningocócico C (conjugado)
  • Febre amarela (atenuada)
  • Sarampo, caxumba, rubéola (SCR)
  • Sarampo, caxumba, rubéola, varicela (SCRV)
  • Hepatite A (HA)
  • Difteria, tétano, coqueluche (DTP)
  • Difteria, tétano (dT)
  • Papilomavírus humano (HPV)
  • Pneumocócico 23-valente (Pncc 23)
  • varicela
  • Gripe

2. A partir de que idade devo vacinar meu filho?

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Cada vacina tem um período específico de imunização. A maioria deve ser administrada nos primeiros meses de vida do bebê, assim como doses de reforço.

Vacina BCG: Protege contra infecção em casos graves de tuberculose, em dose única, devendo ser aplicado imediatamente ao nascimento, preferencialmente ainda na maternidade. Se isso não for possível, a criança deve receber a dose na primeira visita ao centro de saúde.

Vacina contra a hepatite B: protege contra hepatite B e também precisa ser aplicado na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida. Após a sexta semana, deve-se aplicar a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluchehaemophilus influenza B e hepatite B.

Vacina VIP/VOP: Protege contra paralisia infantil ou poliomielite. Deve ter sua primeira aplicação aos 2 meses de idade. É importante lembrar que as primeiras doses são administradas por injeção e as doses de reforço por via oral.

Meningocócico C: Protege contra casos de meningite e deve ser aplicado aos 3 meses de vida do bebê.

Vacina Tríplice: Protege contra doenças do sarampo, rubéola e caxumba. Administrado em duas doses, deve ser aplicado quando a criança tiver 1 ano de idade.

3. Quais vacinas precisam de reforço?

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Todas as vacinas precisam ser reaplicadas, exceto a BCG de dose única. Confira abaixo como funciona o calendário de vacinação de cada imunizador.

Hepatite B: Não é necessário reforço após a primeira aplicação ao nascimento. Porém, aos 2 meses de idade, a criança precisa tomar a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza B e também contra hepatite B. O esquema pentavalente é feito com três doses: a primeira é 2 meses, o segundo com 4 meses e o reforço com 1 ano.

Poliomielite VIP/VOP: A vacina injetável precisa ser administrada em três doses. A primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses e a terceira aos 6 meses. Há também duas doses de reforço, que são aplicadas aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Vale ressaltar que o reforço é feito com OPV, a famosa vacina da gota.

Meningocócica C: O regime básico do agente imunizante consiste em duas doses e um reforço. A primeira é aplicada aos 3 meses, a segunda aos 5 meses e a dose de reforço a 1 ano.

MMR: O imunizador é administrado quando a criança tem 1 ano de idade e é aplicado em duas doses, ou seja, a primeira com SCR (sarampo, caxumba e rubéola) e a segunda com SCRV (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Com 1 ano e 3 meses, a criança precisa retornar ao posto de saúde e aplicar mais duas doses da vacina tetraviral, que além de proteger contra as três doenças da tríplice, protege contra a catapora. Neste caso, a primeira dose é com SCR e a segunda com a dose de varicela. Nenhum reforço é necessário para qualquer um deles.

4. Todas as vacinas estão disponíveis no SUS?

Sim, todas as vacinas obrigatórias para crianças são oferecidas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS)nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

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Em São Paulo, existem 469 endereços de UBS onde a imunização pode ser realizada. A lista de unidades e seus endereços podem ser consultados aqui.

5. Quando acontecem as campanhas nacionais de vacinação 2022? Tenho que esperar as campanhas para vacinar meu filho?

Anualmente, o Ministério da Saúde promove quatro campanhas nacionais de vacinação. São eles: Campanhas de multivacinaçãoCampanha de Acompanhamento contra Sarampo, Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Vacinação contra a gripe.

Este ano, a vacinação contra a gripe ocorreu de abril a junho. De acordo com o Ministério da Saúde, esse imunizante fica disponível nos postos de saúde até que os estoques acabem. Por isso, é necessário consultar a UBS do seu bairro. No mesmo período, entre abril e junho, também foi incentivada a vacinação contra o sarampo. Embora o período tenha passado, ainda é possível vacinar os pequenos nos postos de saúde, já que as doses estão disponíveis o ano todo.

Campanhas de poliomielite e multivacinação foram realizadas simultaneamente, entre 7 de agosto e 30 de setembro. No entanto, independentemente da campanha, as doses de todos os imunizantes (poliomielite, hepatite, meningite etc.) são oferecidas continuamente na rede pública.

Portanto, embora todas as campanhas nacionais deste ano já tenham sido realizadas, é possível levar seu filho ao posto de saúde mais próximo para completar o calendário de vacinação.

6. Se fui vacinado, meu filho também precisa ser vacinado?

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As crianças sempre precisam ser vacinadas, independente de a mãe ser vacinada ou não. Quando os anticorpos maternos passam para o feto, eles duram cerca de seis meses. Depois disso, a vida útil dos anticorpos termina. O bebê precisa ser vacinado seguindo o calendário infantil.

7. Existe algum risco de aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo?

Não há risco em aplicar vacinas simultaneamente. Evidências científicas mostram que a administração simultânea de múltiplas vacinas não leva a um aumento de eventos adversos do sistema imunológico em crianças. Além disso, a aplicação de várias vacinas ao mesmo tempo tem a vantagem de reduzir as visitas a postos de saúde ou hospitais, o que se torna mais prático para os pais e aumenta a probabilidade de completar o calendário vacinal. Outra vantagem é que o fornecimento combinado de imunizações – como a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola – reduz o número de injeções em crianças.

Você tem outras dúvidas sobre a imunização infantil? Participe dos nossos grupos oficiais! A Vacina Estadão chega ao Telegram e volta ao Facebook para que você, leitor, possa enviar suas dúvidas e obter informações de qualidade. Durante um mês, especialistas e autoridades da área da saúde esclarecerão questões relacionadas à vacinação infantil. Quer saber mais? Entre em Canal Vacina Estadão no Telegram e na comunidade venha pensar conoscodo Estadão no Facebook.

Fonte: Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Imunologia (SBim)

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