Equilíbrio e variedade: a saúde que vem da alimentação – Sade

arroz e feijão
O prato brasileiro deve ser colorido e nutritivo (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)

Comer bem não significa comida totalmente restritiva ou sem sabor. A saúde vem da alimentação, que essencialmente garante que todos os nutrientes que o corpo precisa estejam no prato. Assim, é necessário considerar a variedade, equilíbrio, quantidade e segurança dos alimentos ingeridos.

Na outra ponta, entre os principais problemas de saúde relacionados à má alimentação estão obesidade, diabetes, hipertensão e até alguns tipos de câncer. Muitos alimentos têm até propriedades medicinais e ajudam a prevenir doenças, como abacate, brócolis, azeite, romã, folhas verde-escuras e frutas silvestres.

E as dietas da moda? Não funcionam, diz a psiquiatra Maria Francisca Mauro. A profissional ressalta que propostas milagrosas, que fazem a pessoa ficar sem alimentação, pular refeições ou até mesmo não comer o que é habitual são fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares, ou transtornos que podem influenciar negativamente o comportamento alimentar – e isso é especialmente verdade entre os jovens.

psiquiatra
Maria Francisca Mauro, (foto: DATZ Comunicação/Divulgação)

“A relação com a comida deve ser harmoniosa, com rituais como pôr a mesa, comer em família, fazer uma pausa para as refeições, controlar o peso com sabedoria”

Maria Francisca Mauro, psiquiatra

“A relação com a comida deve ser harmoniosa, com rituais como pôr a mesa, comer com a família, faça uma pausa para as refeições, controle o peso com sabedoria. Se houver alguma dificuldade, procure um profissional responsável, ao invés de recorrer a conteúdos diferentes que, de fato, facilitam o adoecimento”, pondera.

O termo segurança alimentar começou a ser usado após a Primeira Guerra Mundial, num contexto em que a escassez de alimentos para uma determinada população era um risco para a soberania dos países, explica Maria Francisca Mauro.

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Hoje, a discussão vai desde a produção dos alimentos até sua chegada à mesa, considerando os processos de plantio, como sementes, transgênicos, uso de agrotóxicos, até a forma de transporte, embalagem e disponibilização dos alimentos ao consumidor final.

Vegetais
Legumes e verduras devem ser consumidos diariamente (foto: beto magalhães/EM/DA Press)

SEGURANÇA ALIMENTAR Neste ponto, há duas questões: primeiro, um aspecto político e econômico, que encontra os indivíduos que não têm acesso aos alimentos, e, em outro sentido, a necessidade da cadeia produtiva garantir a qualidade desse alimento. “Do ponto de vista da sociedade, a segurança alimentar é a garantia de que as pessoas tenham acesso a uma alimentação de qualidade, de forma nutritiva e equilibrada, o que não vemos em nosso país, devido à desigualdade social”, enfatiza Maria Francisca.

Uma boa alimentação, que inclui todos os grupos de alimentos para satisfazer as necessidades nutricionais do organismo, e com qualidade, significa fornecer energia para a realização das atividades diárias, além de promover o equilíbrio mental. “A alimentação não é apenas uma fonte de força física, mas também uma relação afetiva”, acrescenta o psiquiatra.

Ela lembra que a nutrição adequada faz com que todos os sistemas do corpo funcionem bem – dos ossos à pele, do coração ao intestino, com todas as reações químicas e físicas, do próprio espectro celular e molecular –, além de gerar o bem-estar necessário. estudar, trabalhar, ou seja, são necessidades básicas. “Quando uma pessoa não se alimenta de forma equilibrada, pode ter alterações de humor, dificuldade para pensar, trabalhar, dormir bem. Começa a ter deficiências que podem gerar doenças físicas e emocionais. Cuidar do corpo com respeito e carinho tem repercussões na saúde”, reforça.

E há dois extremos, cita Maria Francisca: obesidade e magreza exagerada. A primeira condição está ligada a problemas de saúde, como condições inflamatórias, hipertensão, diabetes (com risco de cegueira para distúrbios renais graves), apneia do sono, enquanto a restrição alimentar muito grave pode levar à anorexia.

PARA TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

De acordo com o Ministério

de Sade, importante:

– Faça pelo menos três

refeições e dois lanches por dia

– Coma cereais, tubérculos e raízes

– Coma legumes, verduras e frutas

– Coma arroz com feijão

menos cinco vezes por semana

– Consumir leite e produtos lácteos, carne,

pássaros, peixes ou ovos

– Coma apenas uma porção

óleo, manteiga ou margarina

– Evite refrigerantes e sucos

industrializados, bolos, biscoitos

recheadas e outras guloseimas

– Diminuir a quantidade de

sal na comida

– Beba pelo menos dois

litros de água por dia

– Torne a vida mais saudável praticando

exercícios e eliminação

vícios como cigarros e álcool

– O Ministério da Saúde reforça que

dietas extremas com a privação de alguns

tipos de alimentos podem desencadear

problemas de desnutrição

jornalista Mauro Mas, 47 anos
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA.Press)

Mais não é peso, menos não é

Dependendo da relação da pessoa com a comida, problemas de doenças emocionais, como depressão, e os próprios transtornos alimentares, diz o psiquiatra, como situações de alimentação descontrolada e compulsiva, e bulimia nervosa podem estar escondidas por trás de alguns comportamentos.

Com mais ou menos peso, ambas as situações são riscos para a saúde e nos lembram da importância de ser sábio na hora de comer. “Extremos são perigosos. Sejam pessoas que experimentam grandes oscilações de peso, efeito sanfona, que estão sempre em busca de remédios para emagrecer, ou são muito magras e com preocupações exageradas com a alimentação. Geralmente, são indivíduos que estão passando por tempestades internas”, diz. Maria Francisca.

Jornalista Mauro Mas, de 47 anos, é rigoroso com a alimentação. Há mais de 20 anos, ele cortou gorduras e frituras e pão salgado. Pizza, apenas uma vez por mês, ovo cozido e macarrão de vez em quando. Muita salada, arroz integral e feijão apenas “de-lei”. Evite também ir a lugares ou eventos onde você não encontra comida saudável. Ele conta que a alimentação o ajuda a ter disposição para levar a vida de atleta, cujo hobby é – ele pratica paraquedismo e participa de competições nacionais.

Para Mauro, uma boa alimentação significa estar sempre bem. “Durmo bem, acordo me sentindo revigorado, leve, sem aquela sensação de barriga pesada. Parece que até meus pensamentos fluem melhor. Diferente de comer uma feijoada, por exemplo, que dá a impressão de ressaca”, compara.

Maria Francisca Mauro considera caro ter uma alimentação balanceada – é muito mais barato comprar biscoitos instantâneos e macarrão, compara. O psiquiatra lembra ainda que a forma como a pessoa lida com a comida revela muito sobre seu modo de ser. Ela fala sobre estar em harmonia consigo mesmo, ou sofrer. O importante, para o especialista, é ter paz para comer, ter paz para se relacionar com a comida, de forma afetiva e nutricionalmente poderosa, para uma vida feliz.

palavra especialista

karla confessor, enfermeira

Clínica Leger, no Rio de Janeiro

A alimentação reflete na saúde

Como disse Hipcrates: “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu alimento”.

seu remédio.” A alimentação reflete diretamente na nossa saúde e, quando falamos em saudabilidade, falamos em um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doenças. micronutrientes. preferencialmente ser ajustado à necessidade individual. Comer para viver, não viver para comer. Vivemos em um mundo onde a indústria cria alimentos altamente palatáveis ​​e viciantes, que são geradores de maus hábitos alimentares, o que favorece o desenvolvimento de inúmeras doenças, como obesidade, dislipidemia, diabetes e síndrome metabólica, entre outros.

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