Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Tucson, nos Estados Unidos, indicou que alguns medicamentos para diabetes tipo 2conhecidos como TZDs (tiazolidinedionas), pode reduzir o risco de demência em até 22% em pacientes. A pesquisa foi publicada na revista científica BMJ Open Diabetes Research & Care nesta terça-feira (11/10).
Investigações anteriores já haviam estabelecido uma possível relação entre o consumo de medicamentos antidiabéticos e menor risco de demência, mas as conclusões não foram tão consistentes. Neste trabalho, os pesquisadores procuraram comparar as chances de desenvolver demência em pacientes com 60 anos ou mais com diabetes tipo 2 tratados com três tipos de medicamentos.
Os cerca de 560.000 participantes foram recrutados a partir do banco de dados National Health System Veterans Affairs. De acordo com as informações coletadas, o grupo que tomou TZD por pelo menos um ano teve 22% menos chance de ter algum tipo de demência em comparação com aqueles que usaram os outros medicamentos.
“Essas descobertas podem ajudar a informar e melhorar a escolha de medicamentos para pacientes mais velhos com diabetes tipo 2 e com alto risco de demência”, afirmam os pesquisadores no texto de divulgação do artigo.

A diabetes é uma doença cuja principal característica é o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, na maioria das vezes, silenciosa, pode afetar vários órgãos do corpo, como olhos, rins, nervos e coração, se não tratada.Oscar Wong/ Getty Images

O diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, o que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas.moodboard/ Getty Images

A principal função da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de modo que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta de insulina ou um defeito em sua ação provoca o acúmulo de glicose no sangue, que, ao circular no corpo, danifica os demais órgãos do corpo.Peter Dazeley/Getty Images

Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos processados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercício físico também contribui para oPeter Cade/Getty Images

O diabetes pode ser dividido em três tipos principais. O tipo 1, no qual o pâncreas deixa de produzir insulina, é o tipo menos comum e aparece desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 requerem injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue na faixa normal.Maskot / Getty Images

O diabetes tipo 2 é considerado o mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidades insuficientes do hormônio. O tratamento inclui atividade física regular e controle da dieta.Artur Debat/ Getty Images

O diabetes gestacional acomete gestantes que, em geral, possuem histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre principalmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como malformação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros.Chris Beavon/Getty Images

Além dessas, ainda existem outras formas de desenvolver a doença, embora raras. Alguns deles são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, doenças endócrinas ou uso de drogasGuido Mieth/Getty Images

Também é comum o uso do termo pré-diabetes, que indica um aumento considerável da glicemia, mas não o suficiente para diagnosticar a doença.GSO Images/ Getty Images

Os sintomas do diabetes podem variar dependendo do tipo. Porém, em geral, são: sede intensa, micção excessiva e coceira no corpo. História familiar e obesidade são fatores de riscoThanasis Zovoilis/Getty Images

Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão turva, presença frequente de micoses e infecções.Peter Dazeley/Getty Images

O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia de jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: menos de 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)Doença de Boontanom / EyeEm / Getty Images

Seja qual for o tipo de doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma dieta saudável e exercícios regulares ajudam a manter seu peso saudável e seus índices glicêmicos e de colesterol sob controle.Oscar Wong/ Getty Images

Quando o diabetes não é tratado adequadamente, os níveis de açúcar no sangue podem permanecer altos por muito tempo e causar sérios problemas para o paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até depressão.Fonte da imagem / Getty Images
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O diabetes tipo 2 já está associado a um risco aumentado de Alzheimer e demência vascular. Os efeitos observados de TZDs foram favoráveis para ajudar a prevenir a condição.
A pesquisa, que foi observacional (ou seja, sem conclusões definitivas), encontrou maiores benefícios da terapia com TZD em pacientes com menos de 75 anos ou com excesso de peso.
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