
A passagem de quase cinco décadas sem nenhuma reforma levou a um cenário de degradação do Mercado Distrital do Cruzeiro, no bairro de mesmo nome, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Uma parceria público-privada promete dar nova vida ao espaço e a outros três mercados e feiras municipais. Agora em fase final de aprovação, a construção está prevista para começar até o final deste ano.
O projeto de revitalização resgata aspectos importantes da arquitetura do Mercado Distrital de Cruzeiro, como a retirada dos pilares “estrelas”, característica marcante do prédio, construído em 1974. “Ainda temos alguns passos a seguir. Mas assim que assumirmos oficialmente a gestão do espaço, começaremos com obras emergenciais, como reforma da parte elétrica, revitalização dos tetos, banheiro, pisos”, diz Christian Toffalini, da concessionária SPE Novo Cruzeiro, que administrar o espaço. espaço por 25 anos.
De acordo com a licitação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a concessionária deve, obrigatoriamente, garantir a preservação das atividades típicas do mercado, considerar os aspectos socioculturais e urbanísticos da região do empreendimento e seu entorno, criar condições para a sustentabilidade do empreendimento, além de respeitar as políticas públicas definidas para cada localidade. O mercado permanecerá aberto durante as intervenções.



fiquei chocado Comerciantes e clientes comemoraram a notícia da revitalização do espaço. “Acho que chegou a hora de melhorar, nunca houve uma melhora no mercado e está na hora de fazer alguma coisa. Agora, fazendo parte deste projeto, acredito que trará muitos benefícios para nós comerciantes e toda a população da região. Vai ser muito bom para nós. Hoje, o mercado está completamente ultrapassado”, disse Carlos Magno, 59 anos, mais conhecido como Catatau. Ele tem uma horta no local, mas antes disso teve que trabalhar muito para conquistar o espaço. “Cheguei aqui há 43 anos como porteiro. Aos poucos, as coisas melhoraram e consegui adquirir minha loja”, disse. Para ele, a estrutura não é tão precária, graças ao trabalho da Associação dos Comerciantes do Mercado Distrital de Cruzeiro (Acomec). “Não é bom como deveria ser. A associação nos dá todo o apoio, só precisávamos de ajuda financeira.”
AVALIAÇÃO A aposentada Marilena Vasques, 71 anos, acredita que a revitalização pode agregar valor ao mercado. “Ele realmente precisa de uma reforma. Mas a variedade de lojas para mim é boa”, completa. Fazer compras no mercado virou até um programa familiar e Marilena só tem elogios ao local. “Adorei, encontro tudo. Minha filha, que também mora perto, mora por aqui. Eu costumava trazê-la comigo quando era mais jovem”, diz ela. Outros clientes, no entanto, temem um aumento no preço dos produtos por conta das reformas. “Acho que o mercado atende as necessidades das pessoas aqui do bairro. Acho um mercado caro e tenho medo que, com a reforma, fique ainda mais caro”, disse Camila Martins, 28 anos, carioca, que mora em Belo Horizonte há quase um ano. Para ela, esse é um fator que acaba assustando o público. “Moro muito perto daqui, mas raramente venho por causa do preço”, diz ela.
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