Outubro Borgonha: especialista alerta para importância da conscientização sobre câncer de fígado

Durante o mês, outubro vem alertar sobre o câncer de fígado, doença que afeta cerca de 42.230 novos casos a cada ano nos Estados Unidos, segundo a American Cancer Society. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) não possui as estatísticas, porém, sabe-se que a neoplasia é a líder no número de óbitos por câncer, correspondendo a mais de 700 mil óbitos por ano.

Com isso em mente, a campanha global #OctoberIs4Livers, que acontece desde 2018, visa melhorar as taxas de doenças e apoiar pacientes diagnosticados com câncer de fígado a cada ano.

para o Dr. Ronaldo Andrade, cirurgião especializado em transplante de órgãos abdominais, a iniciativa é fundamental para a conscientização sobre a doença. “Para que a mudança aconteça, é preciso compartilhar informações de qualidade e conscientizar sobre os fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de fígado”comentários.

Este ano, os objetivos da campanha são:

  • Fortalecer a conscientização pública global sobre doenças crônicas, incluindo hepatite viral e doença hepática alcoólica, que aumentam o risco de câncer de fígado;
  • Aprimorar recursos e lições para uma alimentação culturalmente mais saudável – por meio da série de vídeos “Combatendo o câncer de fígado com alimentos”;
  • Promover o rastreamento e a detecção precoce do câncer de fígado – recomendado para pacientes que fazem parte do grupo de risco, realizando mesas redondas sobre equidade e criando vídeos que explorem as desigualdades globais do câncer;
  • Melhorar o acesso às atividades #OctoberIs4Livers para comunidades vulneráveis, como traduzir recursos de conscientização sobre o câncer de fígado para outros idiomas;
  • Ações focadas na campanha #OctoberIs4Livers.

sintomas de câncer de fígado

Nos estágios iniciais da doença, a grande maioria das pessoas é assintomática. No entanto, à medida que a doença progride, os pacientes podem manifestar:

  • perda de apetite
  • Dor na parte superior do abdômen
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • vômitos e náuseas
  • Fadiga
  • Fraqueza
  • inchaço no abdômen
  • Presença de massa abdominal
  • fezes esbranquiçadas
  • Icterícia

Fatores de risco

A neoplasia pode ter seu desenvolvimento a partir de alguns fatores de risco. Segundo o especialista, os principais são: “Infecção por hepatite B ou C, cirrose, consumo excessivo de álcool, doença hepática gordurosa não alcoólica (causando fígado gorduroso), entre outros”, Comente.

Como é feito o diagnóstico?

Justamente porque os sintomas aparecem em estágios mais avançados da doença, Ronaldo Andrade alerta que o diagnóstico precoce ainda é um desafio.

“Se o indivíduo faz parte do grupo de risco para câncer de fígado, podemos indicar alguns exames. Quando os sintomas estão presentes, são recomendados exames laboratoriais, exames de imagem e até uma biópsia para análise. Explique.

Tratamento

Se o tumor estiver em apenas uma parte do fígado, a remoção cirúrgica pode ser realizada. No caso de alguns pacientes com cirrose que não podem se submeter à retirada de parte do fígado, é possível optar pela quimioterapia, radioterapia e até mesmo um transplante de fígado.

Vale lembrar também que em casos de metástase – quando o tumor se expande para outros órgãos, a cirurgia também pode ser realizada. “O especialista indicará a melhor alternativa para cada caso. Isso vai depender do tipo de tumor, tamanho e estadiamento.”

Quando o transplante de fígado é recomendado?

O procedimento geralmente é indicado para tumores hepáticos confinados e mesmo quando a função do órgão está comprometida por cirrose. “O transplante pode ser realizado por meio de doador vivo – no caso de familiar compatível – ou de doador pós-morte encefálica”Explique.

Prevenção é tudo

Além de hábitos de vida mais saudáveis, como ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios regularmente e evitar o consumo excessivo de álcool, também é importante estar vacinado contra a hepatite B. No caso da hepatite C, em que não há imunização, a prevenção pode ocorrem por meio do uso de preservativo nas relações sexuais e do não compartilhamento de objetos perfurocortantes.

“A prevenção também deve acontecer por meio de informações verdadeiras e campanhas que incentivem toda a população a fazer parte dessa corrente. Devemos reconhecer a importância da saúde do fígado e, acima de tudo, salvar o maior número possível de vidas”. finaliza Ronaldo Andrade.

Sobre o Dr. Ronaldo Andrade

Dr. Ronaldo Andrade é Cirurgião Geral e Videolaparoscópico especializado em Cirurgia do Fígado, Pâncreas e Biliar. É membro da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), da International Hepato-Pancreato-Biliary Association (IHBPA) e do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD).

Realizou treinamento – programa de bolsas – no Departamento de Cirurgia Geral, Visceral e Transplante, na Universität Tübingen, na Alemanha, Fellow in Liver and Multivisceral Transplants, no University of Nebraska Medical Center, nos Estados Unidos, Fellow in Liver, Kidney Transplantes e Pâncreas em Oslo universitetssykehus, Noruega e Transplante de Fígado no Chang Gung Memorial Hospital, Taiwan. Além disso, ela completou seu treinamento em Cirurgia Robótica – Treinamento do Sistema Robótico da Vinci como Cirurgiã de Console – no Centro de Treinamento da Vinci, Colômbia.

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