Pioneira no uso de cores para conscientizar sobre a prevenção de doenças, a campanha Outubro Rosa não apenas destaca a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, mas também reforça medidas para o bem-estar e a qualidade de vida das mulheres. Afinal, a realização de mamografias e exames de cuidados e rastreamento tem eficácia comprovada na redução da mortalidade por tumores de mama.1
“A iniciativa lembra os exames de rotina, ajuda a desfazer mitos em torno dos tumores femininos e contribui para a divulgação de informações sobre fatores de risco”, diz Dr. André Perina, mastologista do Hospital Santa Paula, em São Paulo, que pertence ao Dasa, maior rede integrada de saúde do Brasil, que conta com o Centro da Mulher, espaço com infraestrutura preparada para realização de exames ginecológicos.

“Quando falamos em prevenção primária, ou seja, medidas para prevenir o desenvolvimento do câncer, é preciso enfatizar, por exemplo, a importância de manter o peso corporal adequado”, observa o Dr. André Perina. “Essa questão é importante porque a obesidade interfere na produção de hormônios2 e gera inflamação crônica que pode levar a processos causadores de câncer”,3 explica. Por isso, incluir atividades físicas regulares na rotina é cada vez mais relevante quando o assunto é prevenção.4
Rastreamento para salvar vidas
A Dra. Paula Moraes, coordenadora de imagem da mama do Salomão Zoppi, em São Paulo, marca de medicina diagnóstica da Dasa, reafirma a importância de detectar o tumor em estágio inicial, o que aumenta a chance de evitar que ele progrida e se espalhe para outras partes do corpo. corpo, chamadas de metástases. “É por isso que o rastreamento é essencial. Para que ocorra adequadamente, é preciso levar em consideração a idade da mulher e o risco que ela tem de desenvolver câncer ao longo da vida”, destaca. “Essa classificação é dividida em habitual, moderado ou alto risco. O cálculo é baseado em fatores como histórico familiar, biópsia com alteração atípica e ter tido algum tipo de câncer de mama prévio”, diz o especialista.
O rastreamento é feito por meio da mamografia, que, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), deve ser repetida anualmente a partir dos 40 anos.5 Para as mulheres de alto risco, o rastreamento começa mais cedo, por volta dos 25 anos. “Como a densidade das mamas é maior nas mulheres mais jovens, a mamografia é menos eficaz. Nesse caso, a indicação é fazer o acompanhamento com ressonância magnética até os 30 anos, quando a mamografia também passa a fazer parte do rastreamento”, explica o médico.
Quando os exames mostram imagens suspeitas, o próximo passo é realizar uma biópsia. “Além de ajudar a confirmar o diagnóstico, é fundamental identificar o tipo de câncer e, assim, orientar também o tratamento”, explica o Dr. André Perina. “Os tumores luminais, por exemplo, são menos agressivos e há maior chance de que, após a cirurgia de retirada, os cuidados continuem sem a necessidade de quimioterapia”, descreve o mastologista. “Os classificados como HER2 tendem a crescer mais rápido, mas hoje são tratados com medicamentos que visam essa proteína, e a resposta é boa”, conclui.
A genómica ao serviço da personalização do tratamento
Com a medicina individualizada preconizada pela Dasa, a genômica é uma aliada para tratar o paciente – e não mais a doença. “Temos exames que analisam os diferentes tipos de tumores para orientar o tratamento. Somente em oncologia, existem mais de 300 tipos de testes genômicos. Temos como exemplo o EndoPredict, voltado para pacientes com câncer de mama em estágio inicial, capaz de selecionar quais delas se beneficiariam ou não do uso da quimioterapia”, afirma o Dr. Cristovam Scapulatempo Neto, diretor médico de patologia e genética do Dasa.

Os painéis NGS (Next Generation Sequencing), por sua vez, identificam mutações em genes analisados em cânceres hereditários. “Se um fator genético for encontrado, também é possível testar os familiares do paciente por meio de aconselhamento genético”, diz o Dr. Henrique Galvão, oncogeneticista e chefe de oncogenética da Dasa Genomica, braço de genômica da rede.
A integração e coordenação no cuidado, além do acompanhamento pós-tratamento, também são pilares do Dasa Oncologia, unidade que reúne profissionais, estrutura e serviços dedicados exclusivamente ao atendimento de pacientes oncológicos.
Referências:
- INCA. Detecção precoce. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/acoes-de-controle/deteccao-precoce.
- https://www.cancer.org/latest-news/how-your-weight-affects-your-risk-of-breast-cancer.html#:~:text=For%20women%2C%20being%20overweight%20or ,níveis%20de%20insulina%2C%20outro%20hormônio.
- https://ascopubs.org/doi/10.14694/EdBook_AM.2013.33.46.
- http://www.oncoguia.org.br/conteudo/como-diminuir-o-risco-da-recidiva-do-cancer-de-mama/1544/266/.
- https://sbmastologia.com.br/sociedades-medicas-brasileiras-recomendam-mamografia-anual-a-partir-dos-40-anos/.
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