Parkinson: 10% dos casos começam antes dos 50 anos

O mais comum do Parkinson é que a doença começa a se manifestar em idosos, mas o aparecimento em jovens não é tão raro.  Cerca de 5% a 10% dos casos começam com menos de 50 anos de idade.
O mais comum do Parkinson é que a doença começa a se manifestar em idosos, mas o aparecimento em jovens não é tão raro. Cerca de 5% a 10% dos casos começam com menos de 50 anos de idade. Crédito: Shutterstock

Quando se fala em Parkinson, a imagem que imediatamente vem à mente é a de um idoso, frágil, que agita as mãos sem parar. É uma doença neurodegenerativa, progressiva e crônica que costuma aparecer após os 60 anos. Mas já se sabe que casos antes dessa idade não são raros. E com sintomas que vão muito além dos tremores.

“Hoje, nosso entendimento sobre a doença de Parkinson é diferente”, destaca o neurocirurgião André Bissoli, do Instituto de Neurocirurgia Capixaba (INC). Na verdade, ele ressalta, a doença é mais comum quando começa a se manifestar em idosos, mas o aparecimento em jovens não é tão raro. Cerca de 5% a 10% dos casos começam com menos de 50 anos de idade.

Recentemente, a jornalista do Fantástico, da TV Globo, Renata Capucci, revelou que foi diagnosticada com Parkinson há quatro anos, aos 45 anos. Ela disse que os sinais começaram muito antes disso.

Segundo o neurocirurgião, a doença tem muitas manifestações que não são motoras, ou seja, que vão além do enrijecimento dos membros e tremores. “Alguns realmente aparecem antes mesmo do motor, como redução do olfato e distúrbios do sono. Também vemos alterações na oleosidade da pele, queixas de prisão de ventre e até dores crônicas”, cita.

TREMORS NÃO SÃO “OBRIGATÓRIOS”

Os chamados tremores, segundo o neurocirurgião André Bissoli, são sintomas que estão presentes em 70% dos casos.  Ou seja, eles podem nem aparecer.
Os chamados tremores, segundo o neurocirurgião André Bissoli, são sintomas que estão presentes em 70% dos casos. Ou seja, eles podem nem aparecer. Crédito: Rodrigo Gavini

Os chamados tremores, segundo o médico, estão presentes em 70% dos casos. Ou seja, eles podem nem aparecer.

“Eles não são obrigatórios para o diagnóstico. O tipo mais comum de tremor é o que chamamos de fisiológico. Isso significa que, até certo ponto, todos nós temos algum tremor. Além disso, situações de estresse ou uso de estimulantes, como o café, podem entre os tipos anormais, patológicos, o tremor essencial é o mais comum”, observa o neurocirurgião.

No Parkinson, surge da falta de dopamina, substância essencial para os circuitos cerebrais que controlam o movimento. “Isso tende a piorar, juntamente com rigidez nos membros.”

Quando os tremores surgem, eles têm um grande impacto na qualidade de vida do paciente. “Dependendo da intensidade, sem dúvida pode haver um grande impacto do ponto de vista funcional e social. Isso pesa muito na nossa avaliação e tomada de decisão”, diz o especialista.

A melhor forma de lidar com isso, ressalta Bissoli, é conscientizar tanto os pacientes e seus amigos e familiares, quanto a sociedade em geral: “Para isso, abril está sendo formalizado como mês de conscientização da doença de Parkinson, sendo elaborado no Congresso Nacional”.

Outra manifestação comum no Parkinson é a demência. No entanto, segundo o médico, só se instala nos casos mais avançados, com décadas de evolução. “Se aparecerem sintomas como tremores e rigidez e, logo depois, a demência começar, vamos suspeitar de parkinsonismo atípico, que é um grupo de doenças neurodegenerativas que não a doença de Parkinson”.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Não existe um método cientificamente comprovado para prevenir o desenvolvimento da doença. André Bissoli ressalta, no entanto, que alimentação balanceada e exercícios físicos são vistos como redutores de risco, assim como o consumo moderado de cafeína.

“É importante dizer, por outro lado, que o diagnóstico da doença de Parkinson, com os atuais métodos de tratamento, não é mais uma sentença para os pacientes! e naturalidade do que antes”, garante.

O tratamento, inicialmente, é a reposição de dopamina e o uso de drogas que mimetizam seu efeito no cérebro. “Depois, podemos usar um marcapasso conectado a fios que são implantados nesses circuitos cerebrais”, explica o neurocirurgião.

O implante de marcapasso foi um avanço importante no controle do Parkinson. A cirurgia, quando devidamente indicada, obedecendo a critérios rigorosos, traz resultados excelentes e de longa duração. “Muitos pacientes conseguem retomar atividades que paravam de fazer por conta das limitações da doença”, comenta Bissoli.

Segundo ele, o acompanhamento pós-operatório é feito no consultório, com ajustes por meio de tablets de telemetria. “O máximo que precisamos fazer é trocar o gerador do marcapasso, que é implantado acima do tórax, depois de alguns anos porque a bateria acabou. Isso se o sistema não for mais recarregável.”

Com isso, sintomas como rigidez e tremores têm uma melhora significativa, que é visível assim que o sistema é ligado no pós-operatório.

“Alguns problemas como postura encurvada, falar com voz baixa e travamento da marcha, infelizmente, não melhoram tanto. Por isso a indicação e o conhecimento dos resultados da cirurgia são tão importantes”, enfatiza o médico do INC.

SOBRE OU INC

Desde 2012, o Instituto de Neurocirurgia Capixaba (INC) reúne os melhores especialistas nas áreas de Neurologia, Neurocirurgia, Psiquiatria e Reumatologia, em 13 unidades, distribuídas em Vitória, Serra, Cariacica e Vila Velha. Mais informações e endereços: www.neurocirurgiacapixaba.com.br ou pelo telefone (27) 3014-8700.

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O Instituto de Neurocirurgia Capixaba (INC) reúne os melhores especialistas nas áreas de Neurologia, Neurocirurgia, Psiquiatria e Reumatologia. Rodrigo Gavini

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Daniel Callegari Pereira, Ulysses Caus Batista, Luiz Felipe Nardoto Lucrecio, André Bortolon Bissoli e Vinicius Teixeira Ribeiro são os médicos do Instituto de Neurocirurgia Capixaba (INC)

Daniel Callegari Pereira, Ulysses Caus Batista, Luiz Felipe Nardoto Lucrecio, André Bortolon Bissoli e Vinicius Teixeira Ribeiro são os médicos do Instituto de Neurocirurgia Capixaba (INC). Rodrigo Gavini

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