O câncer de mama é um dos tipos de câncer mais comuns entre as mulheres no Brasil e no mundo, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que, a cada ano, sejam diagnosticados 66.280 novos casos da doença. No Rio Grande do Sul, os dados indicam que haverá cerca de 4.050 novos casos em 2022, uma incidência de 69,5 casos por 100.000 mulheres.
Foto: Arquivo Pessoal
A líder em qualidade do setor, Clarissa de Vargas Schmitt, 39 anos, moradora de Sapiranga, foi pega de surpresa com seu diagnóstico no final de 2019. um ferido, achamos que era uma bactéria e começamos o tratamento com uma pomada para alergia. Depois de cinco meses sem sucesso, fiz uma biópsia e foi constatado câncer de mamilo.”
Clarissa sempre teve o hábito de ir ao médico periodicamente, fazia exame de Papanicolaou todos os anos para prevenir o câncer de colo de útero, mas nunca havia feito mamografia. Após a descoberta, ela fez uma série de exames mais detalhados e também retiraria o mamilo, mas entre os exames, voltou a se surpreender: quanto mais agressivo o tratamento, em doses menores, o tumor acabou se espalhando por toda a mama”, explica.
Para a mastologista e professora da Universidade Feevale, Gabriela Santos, estar em dia com os exames é justamente não esperar sentir algo para ir ao médico. “Os casos estão aumentando, pode ser porque mais mulheres procuram o diagnóstico, mas é fato que há um aumento, mesmo entre as mulheres mais jovens. Portanto, quanto antes procurar um profissional, melhor”, reforça.
O Ministério da Saúde (MS) concorda que o aumento de casos nos últimos anos pode estar relacionado ao aumento do número de mulheres submetidas a exames. A frequência de mulheres entre 50 e 69 anos que fizeram mamografia aumentou de 82,8% em 2007 para 93,3% em 2021. Em relação ao exame de Papanicolau, a frequência de mulheres entre 25 e 64 anos que afirmaram ter feito o exame exame aumentou de 87,1% em 2007 para 85,2% em 2021.
Descobrir a doença precocemente aumenta a chance de cura
Segundo o mastologista, é importante que as mulheres participem das ações de prevenção de doenças e que visitem o médico periodicamente. “A orientação é ir ao ginecologista uma vez por ano, mesmo sem queixa, pois na consulta a mulher será avaliada e encaminhada para realizar exames de rotina de acordo com a faixa etária”, enfatiza Gabriela.
O diagnóstico de Clarissa não foi rápido e, com a gravidez, o tratamento completo atrasou. Apenas 30 dias após a cesariana ela realizou a retirada total da mama. “Desde então estou fazendo quimioterapia. Agora em setembro fiz uma bateria de exames e não apareceu mais nada. Não foi um diagnóstico precoce, porque no início foi tratado como uma alergia por ser um tipo raro de câncer , por isso a demora para o tratamento correto”, ressalta.
Frequência
A especialista ainda reforça que a indicação é que a partir dos 40 anos a mulher faça mamografia uma vez por ano. Em relação ao Papanicolau, a orientação é para todas as mulheres que têm ou tiveram vida sexual ativa, principalmente entre 25 e 59 anos. é recomendado mesmo que o paciente tenha menos de 40″, explica Gabriela, que também ressalta que o autoexame é importante para o autoconhecimento e essa prática associada à ida ao médico contribui para a prevenção e diagnóstico precoce de doenças. “Só temos que ressaltar que o autoexame não é um método de prevenção, não dispensa a ida ao profissional”, diz.
força para seguir
Além do caçula Davi, de 2 anos, que veio dar mais um motivo para Clarissa não desistir da luta pela saúde, ela já era mãe de três meninas. “Hoje tenho uma rotina normal de dona de casa, ainda não posso voltar a trabalhar, mas em casa posso fazer as tarefas e ainda cuidar de um bebê”, declara.
Os exames de rotina agora são realizados a cada três meses. “Falo para as mulheres fazerem o autoexame periodicamente e procurarem o médico com mais frequência, porque se eu tivesse prestado atenção no hematoma assim que notei seria só a retirada do mamilo e não da mama inteira. Passei, digo: em nenhum momento do tratamento perdi a esperança, aprendi que 70% da cura é a nossa mente e 30% são os remédios. uma pandemia. Sempre fui forte e corajosa”, conta Clarissa.
lute pela vida
Segundo dados do Inca 2022, a taxa de mortalidade por câncer de mama foi de 11,84 óbitos/100.000 mulheres em 2020, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 12,64 e 12,79 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente. As pesquisas também indicam que o câncer de mama é uma doença rara em mulheres jovens, onde sua incidência aumenta com a idade, a maioria dos casos ocorre após os 50 anos.
Em Novo Hamburgo, na rede pública de saúde, foram 69 casos de câncer de mama em 2021. Este ano, até o momento, são 34 casos, segundo dados do DataSUS. O diagnóstico de câncer de colo de útero foi registrado 44 no ano passado, e neste ano, um diagnóstico até o momento.
Para a mastologista, na prática o que ela vê nos hospitais é que a mortalidade por câncer de mama vem diminuindo. “Os tratamentos estão cada vez mais eficazes e os médicos estão atentos que cada corpo é um corpo e reage de forma diferente em relação à doença. Então os tratamentos acabam sendo individualizados e consequentemente aumentam as chances de cura”, explica Gabriela.
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