O Rio Grande do Sul tem 49,09% de cobertura vacinal contra a doença meningocócica C, a mais frequente entre as meningite bacteriana. A imunização faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e previne a contaminação, além de sequelas e até a morte.
O objetivo, segundo Ministério da Saúde, é atingir pelo menos 95% do público-alvo. A última vez que o Estado conseguiu atingir a meta foi em 2015. O ministério está reforçando a solicitação para que crianças e adolescentes recebam a dose, já que no último mês houve a confirmação de um surto em São Paulo, com cinco casos do sorogrupo C.
Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, a meningite é uma inflamação das meninges, que são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. No Brasil, é considerada uma doença endêmica, com casos que podem ocorrer ao longo do ano, durante surtos e eventuais epidemias. Segundo o Ministério da Saúde, as bacterianas são mais comuns no período de outono e inverno, e as virais, na primavera e no verão.
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A faixa etária com maior risco de adoecimento são as crianças menores de um ano de idade, entretanto, adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença.
Como forma de prevenção, houve uma expansão temporária, com a disponibilização da vacina meningocócica C para crianças não imunizadas até 10 anos de idade e para profissionais de saúde. A vacina meningocócica ACWY (conjugada) também é oferecida temporariamente a adolescentes não vacinados de 11 a 14 anos de idade.
Este último tipo está disponível no Calendário Nacional de Vacinação para os 11 e 12 anos, mas os adolescentes de 13 e 14 anos também poderão se vacinar até junho de 2023 (veja abaixo quantas doses e com que idade você precisa tomar o imunizante).
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) as vacinas estão disponíveis durante todo o ano nas unidades de saúde. O estado não tem surtos da doença meningocócica desde 2015. Ainda de acordo com a pasta, houve uma redução considerável nas notificações durante os anos intensos da pandemia e o padrão de letalidade da doença permanece constante.
Cobertura vacinal no Rio Grande do Sul (%)
Esquema básico / Reforço
- 2019 – 90,81% /91,35%
- 2020 – 87,56% / 83,96%
- 2021 – 77,48% / 73,52% (dados preliminares)
- 2022 – 49,09% / 49,18% (dados parciais)
Nota: Os dados de 2021 ainda são considerados preliminares, pois há um prazo de até 12 meses para liberação das doses aplicadas pelos municípios no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Os dados de 2022 são parciais, pois o percentual considera o público vacinado durante todo o ano.
As sete vacinas recomendadas e disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS)
Meningocócico C (conjugado)
Protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. Esquema de vacinação: primeira dose aos três meses de idade; segunda dose aos cinco meses de idade e reforço aos 12 meses de idade.
Meningocócico ACWY (conjugado)
Protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y. Esquema de vacinação: uma dose em adolescentes de 11 e 12 anos, dependendo do estado vacinal.
BCG
Protege contra formas graves de tuberculose, incluindo meningite tuberculosa. Esquema de vacinação: dose única (ao nascimento).
penta
Protege contra doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite e também contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Esquema vacinal: primeira dose aos dois meses de idade; segunda dose aos quatro meses de idade e terceira dose aos seis meses de idade.
Pneumocócica 10-valente (conjugada)
Protege contra doenças invasivas causadas por Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Esquema de vacinação: primeira dose aos dois meses de idade; segunda dose aos quatro meses de idade e reforço aos 12 meses de idade.
Pneumocócico 23-valente (polissacarídeo)
Protege contra doenças invasivas causadas por Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Uma dose é suficiente para fornecer proteção contra os sorotipos pneumocócicos contidos na vacina. Está disponível para toda a população indígena acima de cinco anos, sem comprovação da vacina pneumocócica 10-valente (conjugada). Para a população acima de 60 anos, a revacinação é indicada apenas uma vez, devendo ser realizada cinco anos após a dose inicial.
Pneumocócica 13-valente (conjugada)
Protege contra doenças invasivas causadas por Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Essa vacina está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) para os seguintes grupos especiais: pessoas a partir de cinco anos, incluindo adultos com HIV/AIDS, pacientes com câncer, transplantados de órgãos sólidos e receptores de transplante de células-tronco hematopoéticas. (medula óssea).
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