Vacinação de cães e gatos contra a raiva despenca em SP – 20/10/2022 – Equilíbrio e Saúde

A vacinação contra fúria em cães e gatos na cidade de São Paulo este ano despencou em relação a 2018, quando a prefeitura promoveu a última campanha de imunização animal.

Este ano, até terça-feira (18), 165.986 animais receberam doses, sendo 97.940 cães e 68.046 gatos, em 16 postos fixos.

Há cinco anos, durante a campanha em agosto e setembro, foram 1.900 postos espalhados pela cidade e 855.027 animais foram vacinados. Portanto, o que a cidade vacinou em cerca de dez meses de 2022 ainda é 81% inferior ao que foi alcançado no breve período da última mobilização oficial.

A situação atual é um pouco melhor do que a observada durante a pandemia por Covid-19. Em 2021, foram 163.182 animais vacinados e, em 2020, foram 104.208.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informa que, “com a ausência de casos de raiva em humanos desde 1997 e casos de raiva em cães e gatos desde 1998, a vacinação antirrábica de cães e gatos foi suspensa na forma de uma campanha para todo o estado de São Paulo, conforme decisão do Estado governamental no Diário Oficial, em 15 de dezembro de 2021, devendo ser mantida como estratégia de rotina do Programa de Vigilância e Controle da Raiva no Estado de São Paulo”.

Mas a cessação das campanhas contra a raiva em cães e gatos na cidade começou mais cedo, em 2019, quando o Executivo paulista, sob gestão de Bruno Covas (PSDB), alegou falta de vacinas, que deveriam ser enviadas pelo governo federal.

Já em 2020, a prefeitura anunciou a suspensão por conta da pandemia por Covid-19. Em dezembro de 2021, foi anunciada a suspensão permanente em todo o estado de São Paulo.

Desde então, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, o município oferece doses contra a raiva, durante todo o ano, em apenas 16 postos fixos.

Por lei, a vacinação antirrábica é obrigatória para cães e gatos em todo o país. Animais com mais de três meses de idade devem ser imunizados. O reforço deve ser anual.

O biólogo e veterinário Waldir Stefano, professor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, diz estar preocupado com o fim das campanhas de vacinação na cidade de São Paulo.

“Embora a raiva seja relativamente controlada em cães e gatos, não acredito que devemos baixar a guarda. Se vacinarmos os animais, temos a garantia de que o doença não vai voltar. A importância da vacina deve ser sempre repetida”, afirma Stefano.

O professor cita casos recentes de infecções pelo vírus da raiva na população bovina. Segundo ele, a baixa adesão dos pecuaristas à imunização causou o problema. “Foi apenas um pequeno descuido que os colocou em apuros”, diz ele.

Stefano ressalta que, caso haja casos registrados de raiva em animais, a população deve redobrar a atenção para zoonoses em humanos. Segundo o especialista, a letalidade é maior nesta espécie em relação às demais.

“As campanhas devem voltar, e a Prefeitura ainda tem tempo de rever isso. Acredito que devemos estar o mais atentos possível à doença, e a prevenção é, sem dúvida, a vacina”, diz o especialista.

qual é a doença

raiva é uma zoonose –doença que passa de animais para humanos e vice-versa– causada por um vírus.

Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, a transmissão ocorre quando o vírus da raiva existente na saliva de um animal infectado penetra no organismo de um indivíduo sadio através da pele ou mucosas, por meio de mordidas, arranhões ou lambidas.

Em todos os animais, geralmente aparecem os seguintes sintomas: dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras.

Nos cães, o latido torna-se rouco. Os morcegos, animais noturnos, podem ser encontrados confusos durante o dia.

já em humanosinstala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre e, posteriormente, surgem crises convulsivas periódicas.

Onde vacinar seu animal em SP

– Posto de direção da Penha – Subprefeitura da Penha, acesso pela Rua Mandu, 451; De segunda a sexta, das 9h30 às 16h.

– Divisão de Vigilância de Zoonoses – Rua Santa Eulália, 86; De segunda a sexta, das 9h às 17h; Sábados, das 9h às 15h.

– Uvis Butantã – av. Caxingui, 656/658; De segunda a sexta, das 8h às 15h.

– Uvis Cidade Ademar – Rua Maria Cuofano Salzano, 185; De segunda a sexta, das 8h às 15h.

– Uvis Ermelino Matarazzo – Rua Aurivercine Duarte de Oliveira, 50; De segunda a sexta das 8h às 17h.

– Freguesia de Uvis de Ó – Rua Chico de Paula, 238; De segunda a sexta, das 9h às 15h.

– Guaianases Uvis – rua Prof. Francisco Pinheiro, 179; De segunda a sexta, das 9h às 15h;

– Uvis Itaim Paulista – Rua Ererê, 260; De segunda a sexta, das 9h às 16h.

– Uvis Jabaquara – Rua Genaro de Carvalho, 101; De segunda a sexta, das 8h às 15h.

– Uvis Jacana – Rua Maria Amália Lopes de Azevedo, 3676; De segunda a sexta, das 9h às 11h e das 14h às 16h.

– Uvis Lapa – Rua Sumidouro, 712; De segunda a sexta, das 9h às 16h.

– Uvis Parelheiros – Rua Cristina Schunck Klein, 23; De segunda a sexta, das 9h às 15h.

– Uvis São Mateus – Rua Mauro Bonafé Pauletti, 199; De segunda a sexta, das 9h às 17h.

– Uvis São Miguel – Rua José Pereira Cardoso, 193; De segunda a sexta, das 9h às 15h.

– Uvis Vila Prudente – Rua Ettore Ximenes, s/nº; De segunda a sexta, das 9h às 16h.

– Uvis M’Boi Mirim – Rua Baldomero Carqueja, 60; De segunda a sexta, das 9h às 15h.

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