O câncer de mama atinge mulheres de todas as regiões do Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele perde apenas para o câncer de pele como o mais incidente entre as mulheres. vem para 66.280 novos casos por anoo que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres.
Este mês é conhecido como “Outubro Rosa“, período em que se intensifica a campanha de conscientização do controle da doença, reforçando a importância dos exames de rastreamento e com alertas para os riscos de diagnósticos tardios.
Os avanços científicos em saúde são o maior aliado nessa luta, com tratamentos alternativos e medicamentos mais eficazes. A primeira certeza é que agilidade no diagnóstico e o tratamento é decisivo para aumentar as chances de cura.
1) Comprovante da campanha de mamografias
A revista científica Public Health in Practice publicou um estudo com referência à campanha Outubro Rosa no Brasil.
A conclusão é que ela é responsável por aumentar em até 40% a mamografias não fez Sistema Único de Saúde (SUS). Foram analisados dados de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, e os índices apontam aumento de 33% em outubro, 39% em novembro e 22% em dezembro, por conta da campanha.
2) Novo medicamento supera a quimioterapia
Em agosto, o AstraZeneca divulgou novos dados de seu medicina Enhertu para o combate ao câncer de mama, cuja eficácia pode superar a quimioterapia.
Enhertu pertence a uma classe promissora de terapias chamadas conjugados de drogas de anticorpos (ADCs), que são anticorpos projetados que se ligam às células tumorais e liberam substâncias químicas que matam as células.
De acordo com o relatório apresentado pela empresa, o medicamento conseguiu aumentar o tempo de sobrevivência das pessoas com câncer de mama (o que significa que as pacientes voltam a ter qualidade de vida), e ainda reduziu a progressão da doença em estágio avançado. Os experimentos foram realizados em mais de 600 indivíduos.
Outra contribuição vem de um estudo publicado em junho na revista Anais da Academia Nacional de Ciênciassegundo o qual uma aplicação de imunotoxina nos ductos mamários é capaz de eliminar totalmente as lesões pré-cancerosas visíveis e invisíveis das pacientes.
Este é um estudo pré-clínico (ainda não testado em humanos) para o tratamento do câncer de mama em estágio inicial e se mostrou promissor na eliminação completa da doença de forma menos invasiva do que as terapias convencionais.
3) O que sabíamos sobre a proteína HER2 estaria errado
Durante a Reunião Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) deste ano, realizada em junho, numerosos notícia para o tratamento e um dos caminhos que deve mudar a forma como lidamos com a doença vem deste estudo.
Muda a interpretação de que apenas mulheres com alta taxa de um receptor chamado HER2 (a proteína associada à progressão e evolução desfavorável do câncer de mama) na célula tumoral poderia receber tratamentos com drogas alvo anti-HER2.
A pesquisa mostra que mulheres com expressão fraca desse receptor, com tumores chamados HER2-low, também podem se beneficiar da terapia direcionada.
O trastuzumabe-deruxtecan (T-DXd) é um conjugado droga-anticorpo que possui aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento de pacientes com câncer de mama avançado HER2-positivo. Os pacientes que receberam T-DXd mantiveram sua qualidade de vida por mais tempo do que os pacientes que receberam outros tratamentos contra o câncer.
4) O anticorpo conjugado é um novo aliado
Outro estudo apresentado no congresso da Asco revelou o benefício de sacituzumabe govitecano (SG)um conjugado anticorpo-droga (ADC), que usa o anticorpo monoclonal anti-Trop-2 humanizado RS7 para atuar no tumor.
OS mostrou benefício significativo na sobrevida livre de progressão em comparação com o tratamento de escolha do médico em pacientes com câncer de mama metastático resistente à terapia endócrina.
A radioterapia e a quimioterapia são os tratamentos mais conhecidos e utilizados para o câncer de mama. A Sociedade Brasileira de Mastologia apresenta estudos sobre a sequência de rádio (RT) e quimioterapia (TC) e relatou novas experiências com RT+QT concomitantes.
5) Novo exame de sangue identifica doença em estágios iniciais
Para acelerar o diagnóstico do câncer de mama, principalmente em mulheres mais jovens, uma equipe internacional de pesquisadores testou um nova forma de classificaçãoatravés de um Teste de sangue.
Segundo os autores do estudo, o teste detecta a presença de Células Tumorais Circulantes (CTCs) a partir de uma amostra de 5 ml de sangue, resultando em um procedimento minimamente invasivo. Mesmo em pequenas quantidades, a presença de CTCs no sangue é considerada um sinal de tumor canceroso em seus estágios iniciais e, portanto, deve ser pelo menos mais investigada.
Pandemia piora previsão de doença
por causa do pandemia da covid-19, houve impacto no manejo e cuidado do câncer, desde a prevenção até os cuidados paliativos. Muitos casos não foram rastreados a tempo, o que levou à diagnóstico em estágios mais avançados da doença.
Assim, a campanha deste ano tem a missão de conscientizar sobre a doença e atrair a população feminina para exames preventivos.
As mulheres devem estar cientes de algumas sinais de câncer mama: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou com aspecto de casca de laranja; alterações no mamilo e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Pequenos caroços no pescoço ou nas axilas também são pontos de atenção.
Para qualquer uma dessas alterações, a recomendação é procurar o serviço de saúde para exames, diagnóstico e início imediato do tratamento.
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